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Cooperação científica

Intercâmbio científico de alto nível entre a França e o Brasil

Reportagem publicada em 27/04/2009 Última atualização 27/04/2009 15:58 TU

O cientista francês Louis Pasteur, considerado um dos pais da microbiologia que morreu em 1895, inspirou muitos pesquisadores brasileiros.  Foto: Institut Pasteur

O cientista francês Louis Pasteur, considerado um dos pais da microbiologia que morreu em 1895, inspirou muitos pesquisadores brasileiros.
Foto: Institut Pasteur


A França sempre foi uma referência importante para o desenvolvimento de muitas áreas relacionadass à ciência e saúde pública do Brasil. Um dos exemplos mais importantes é a fundação do Instituto Pasteur, em São Paulo, em 1903. O prédio histórico da Avenida Paulista foi uma das unidades internacionais inspiradas na Instituição criada pelo famoso pesquisador francês que descobriu a vacina anti-rábica.

Ainda no início do século 20, o médico brasileiro Oswaldo Cruz se baseou na lei francesa de proteção à saúde pública para regulamentar os serviços sanitários no Rio de Janeiro, então capital do Brasil. O tempo passou e a relação entre os dois países evoluiu para um intercâmbio técnico e científico de alto nível com muitas parcerias e acordos de cooperação, principalmente para a pesquisa acadêmica.

Neste Ano da França no Brasil, uma série de eventos vai lembrar e celebrar parcerias históricas que muito têm contribuído para a especialização de pesquisadores brasileiros e franceses. Milhares de estudantes brasileiros já estudaram em instituições de ensino superior na França para desenvolver teses de mestrado e doutorado nas diversas áreas do conhecimento. Atualmente, três mil brasileiros estão estudando ou realizando pesquisas em inistituições francesas. Mas o número de franceses que vão estudar no Brasil é muito menor, demostrando que esse intercâmbio ainda é desequilibrado.

Em Paris, um colóquio internacional Cooperação Científica franco-brasileira: balanço e futuro, organizado recentemente pela APEB- Associação de pesquisadores brasileiros na França, relembrou os pontos altos e debateu os desafios deste intercâmbio. O responsável pelo Departamento América, África e Oriente Médio do Ministério francês do Ensino Superior, Olivier Giron, que participou do evento ressaltou que além do Ano da França no Brasil, o acordo de parceira estratégica, assinado no ano passado entre os presidentes brasileiro e francês vai permitir um maior equilíbrio na parceria científica entre os dois países.

O diretor de relações internacionais da CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Sandoval Carneiro Júnior, veio a Paris participar do evento. Ele lembrou um dos exemplos bem sucedidos da parceria entre os dois países, o Acordo CAPES – COFECUB (Comitê Francês de Avaliação da Cooperação Universitária e Científica com o Brasil) que completa 30 anos em 2009. O acordo se transformou numa grande rede unindo pesquisadores brasileiros e franceses de alto nível trabalhando em projetos comuns.

Um evento comemorativo dessas três décadas do acordo CAPES-COFECUB vai ser realizado em Salvador entre os dias 24 e 26 de maio.

ÁUDIO

Elcio Ramalho

Jornalista da RFI

27/04/2009