Reportagem publicada em 03/09/2009 Última atualização 04/09/2009 10:34 TU
A economia mundial voltará a crescer mais rápido que o previsto, prevê a OCDE em seu novo relatório.
Foto: Reuters
Um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), divulgado nesta quinta-feira, em Paris, afirma que a retomada econômica mundial será mais rápida do que o previsto e poderá até mesmo registrar sinais de crescimento a partir deste terceiro trimestre do ano.
No entanto, a recuperação da economia, vinda da Ásia, ainda continua dependente de medidas de estímulo orçamentárias e do sistema monetário, alerta a Organização que reúne 30 países membros, entre eles, os mais industrializados do mundo e que foram atingidos em cheio pela crise.
“A retomada pode ser ainda mais forte que prevista antes”, garantiu Jorgen Elmeskov, economista chefe interino da OCDE, em entrevista à agência de notícias Reuters.
Citando indicadores econômicos majoritariamente favoráveis, o relatório reviu suas previsões de crescimento para diversos países. Japão, Alemanha e França, que saíram da recessão no segundo trimestre deste ano, tem previsões mais positivas. Já o Reino Unido viu sua situação piorar e deve ter uma desaceleração da economia de 4,7% ao invés de 4,3%.
Após uma contração de 5 trimestres consecutivos do PIB (Produto Interno Bruto) no bloco da zona euro), a previsão é de que o conjunto de 16 países que adotaram a moeda única europeia volte a registrar um crescimento em todo o segundo semestre do ano. Em junho, a OCDE estimou uma contração de 1,1% e 0,5% da atividade economia na zona euro para o terceiro e quarto trimestres. As previsões atualizadas indicam agora crescimento de 0,3% e 2,0%, respectivamente.
A análise sobre o PIB dos Estados Unidos fez a a Organização prever que a economia do país possa voltar aos trilhos do crescimento já neste terceiro trimestre de 2009.
Menos desemprego
Entre os sinais de melhora no panorama econômico mundial, a OCDE aponta a queda do custo do dinheiro, uma folga relativa das condições de crédito e aparente estabilização do mercado imobiliário nos Estados Unidos e na Inglaterra.
“A degradação sem precedentes do mercado de trabalho deverá diminuir graças à melhoria das perspectivas econômicas, apesar de que a retomada ainda vai ser limitada por algum tempo”, alertou Jorgen Elmeskov.
A Organização sugere que os bancos centrais esperem até meados de 2010 para normalizar suas taxas de juros, que hoje estão com os níveis excepcionalmente baixos.
Na avaliação anterior, feita em junho, a OCDE previa manter as taxas de juros inalteradas durante todo o ano de 2010.
A Organização, que deverá publicar novo relatório com as perspectivas da economia global em novembro, também deverá diminuir suas estimativas de uma contração de 16% do comércio global este ano. O aumento das importações dos países asiáticos por produtos fabricados pelas nações que integram a OCDE permite vislumbrar um cenário melhor, assim como a previsão do crescimento anual de 14% da economa chinesa.
O economista-chefe interino da OCDE também afirmou que a ausência de tensões inflacionárias permitiram aos governos e bancos centrais adotarem medidas eficazes para combater a pior crise econômica mundial desde a Grande Depressão de 1929.
Economia
13/10/2009 14:56 TU
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