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MAIO DE 68 - FRANÇA E BRASIL

Opressão e Utopia

HÁ QUARENTA ANOS UM GRANDE DESEJO DE LIBERDADE ATINGIU O MUNDO


Sejamos realistas, reivindiquemos o impossível
. Este slogan foi um dos muitos que atraíram milhares de pessoas nas ruas das grandes capitais do mundo no ano de 1968. Nos diferentes continentes, os protestos tinham motivações próprias. Nos Estados Unidos era a rejeição da guerra no Vietnã. Na Europa oriental era a fúria contra o totalitarismo soviético. No Brasil era a resistência à ditadura. Na França era a ânsia de derrubar valores tradicionais. Em comum, todos tinham o sonho de um mundo de paz e amor, como descreviam os Beattles, os adeptos das drogas, os educadores partidários do “é proibido proibir”. Na linha de frente das manifestações, os jovens. “Não acredite em ninguém com mais de trinta anos” foi uma frase da época.
Aqueles jovens têm agora sessenta anos ou mais. A maioria deles reconhece que a irreverência contagiante de 1968 teve resultados negativos e positivos. Se a liberdade sexual fez progredir a igualdade entre mulheres e homens, ela também causou problemas sanitários. As drogas que deviam liberar a sensibilidade acabaram nas mãos das máfias que agem com total frieza. Mas, no balanço geral, os movimentos de 68 mudaram a sociedade, a família, o trabalho, de maneira irreversível.

De 5 a 9 de maio de 2008, os programas da Rádio França Internacional em português transmitem seis reportagens sobre MAIO DE 68. Elas abordam os grandes momentos desta rebelião de costumes, em entrevistas de gente que viveu os acontecimentos na França e no Brasil. Momentos simultâneos que, no entanto, revelam duas visões, duas histórias.