Foi no século 19 que surgiu o movimento para a criação de um país independente para os judeus, inspirado em um sonho de 2 mil anos. A escolha do local suscitou propostas que, hoje, parecem exóticas. Uma delas, feita pela Grã Bretanha, recomendava o Quênia. Mas David Ben Gourion tinha uma visão histórica, bíblica, que fixava a Palestina. Sua determinação obteve uma primeira satisfação, em julho de 1922, quando a Sociedade das Nações colocou a Palestina sob mandato britânico com a missão de receber ali o povo judeu. As terras que seriam compartilhadas com os árabes foram a causa de muitos conflitos regionais. O processo só chegou ao fim depois da Segunda Guerra Mundial, quando os britânicos decidiram enviar a questão litigiosa para a Organização das Nações Unidas. Em 1947, em sessão presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, a ONU aprovou a divisão do território palestino em dois Estados, concedendo a Jerusalém um estatuto especial. A parte dos judeus se transformou oficialmente em um país seis meses depois. Dia 14 de abril de 1948 foi proclamada a independência de Israel. A existência até hoje de negociações de paz entre israelenses e palestinos mostra que o sonho ainda não se realizou completamente. Mas Israel, com cerca de 7 milhões e meio de habitantes, é uma democracia que acompanha o desenvolvimento mundial e preserva sua cultura.

A economia, a política, a sociedade, a imigração, 60 anos depois, são os principais ângulos das reportagens realizadas em Israel, pela Rádio França Internacional em português para o Brasil. Elas serão transmitidas diariamente em nossos programas, durante a semana de 12 a 16 de maio.

 Reportagens realizadas pelo enviado especial da RFI, Elcio Ramalho.