Por Adriana Moysés
Reportagem publicada em 20/01/2010 Última atualização 20/01/2010 15:30 TU
O artigo "Dona Zilda, uma mulher exemplar" pode ser lido na página 28 do jornal "Le Monde" com data de 21 de janeiro.
Foto: DR
Repetindo o comentário de mulher exemplar feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lamentar a morte de Zilda Arns, o jornal Le Monde, com data de 21 de janeiro, presta uma calorosa homenagem à médica sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, morta no terremoto no Haiti. "Ela era sorridente e forte, doce e combativa, tolerante e tenaz, visionária e pragmática", escreve Le Monde logo na abertura do artigo dedicado a Dona Zilda.
O jornal francês relata a apaixonante trajetória da sanitarista, "nascida em uma família de imigrantes alemães profundamente católicos" e de "uma nobreza de alma" que inspirou a vocação da médica. "Católica praticante e até conservadora, hostil ao aborto, como a maioria dos brasileiros, e longe de ser feminista", Zilda Arns desenvolveu "a maior associação de mulheres do país, onde ninguém é recusado, nem as prostitutas", diz o texto. Com uma capacidade de organização admirável, ela colocou em prática métodos de nutrição simples e baratos que são reproduzidos há vinte anos. O sucesso da Pastoral da Criança revolucionou a saúde pública no Brasil, afirma Le Monde.
O jornal francês lembra os dramas pessoais que atravessaram a vida de Zilda Arns. "Ela não foi poupada." Perdeu um filho com três dias de vida. O marido morreu afogado tentando salvar uma adolescente que estava sob tutela do casal. Mais tarde, "ela perderia uma de suas filhas num acidente de carro", relata o texto.
O jornal francês conta aos leitores que uma hora antes de morrer, no Haiti, Zilda Arns repetia a missão da Pastoral da Criança às pessoas que ouviam sua palestra. "Nosso objetivo é reduzir a mortalidade infantil e promover o desenvolvimento das crianças até 6 anos. A primeira infância é uma etapa decisiva para a saúde, a educação e a consolidação dos valores culturais." Graças a Dona Zilda, conclui Le Monde, centenas de milhares de crianças pobres, destinadas à morte, hoje estão vivas.
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