Imprensa / Gripe suína

Passagem da gripe suína para nível de alerta 6, o de pandemia, segundo escala da OMS, é “inevitável”, afirmam jornais franceses

Reportagem publicada em 30/04/2009 Última atualização 30/04/2009 11:31 TU

O aumento do nível de alerta mundial da epidemia de gripe suína pela OMS é destaque até na imprensa econômica desta quinta-feira, 30.

Segundo o Les Echos, a decisão da Organização Mundial da Saúde significa que a passagem para o nível 6, que caracteriza uma pandemia, é inevitável.

O Le Parisien, que resolveu batizar a gripe de “mexicana”, diz que na França o alerta é máximo e que o plano sanitário francês contra a pandemia está pronto. Se o país seguir a OMS e iniciar nesta quinta-feira a fase 5, os transportes aéreos podem ser interrompidos, e shows, jogos esportivos e outros eventos coletivos cancelados além de começar a  distribuição de máscaras e remédios, informa o tablóide.

O Le Figaro diz que a preocupação cresce no mundo e informa que a OMS pediu aos laboratórios farmacêuticos para aumentarem a produção de medicamentos antivirais.

L'Humanité e La Croix preferem destacar as comemorações do 1° de maio, Dia do Trabalho, que estão sendo organizadas na França. O jornal comunista publica uma pesquisa que aponta que 72 % dos franceses apoiam as manifestações do Dia do Trabalho, que vão acontecer em 280 cidades do país, e as revindicações dos sindicatos contra o desemprego e a queda do poder aquisitivo.

O católico La Croix diz que na França os sindicados estão unidos, mas o mesmo não acontece na Europa. O jornal afirma que as respostas à crise econômica e social são muito diferentes nos vários países do bloco.

Nas páginas do gratuito Metro, o escritor brasileiro Paulo Coelho responde aos internautas franceses. Ele acaba de lançar na França o livro O vencedor esta só.

- Porque Cannes ? , pergunta uma internauta.  Paulo Coelho disse que apesar da história se passar em Cannes, sede do badalado Festival de Cinema francês, o tema central é a moda.

- É uma denúncia contra o show business ? -  questionou outro leitor. O escritor respondeu que não quis denunciar, apenas aprofundar a ideia de manipulação dos sonhos.