Ano da França no Brasil

Le Figaro destaca programação cultural do evento

Reportagem publicada em 08/05/2009 Última atualização 12/05/2009 09:21 TU

A top model Carol Trentini, vestida com fantasia de carnaval da Grande Rio, está na capa do diário conservador Le Figaro, que convida o leitor a conhecer o charme do Brasil nas comemorações do Ano da França no país. A programação de eventos, informa o jornal, foi inaugurada oficialmente em abril. Quem pensa que em seguida virão duas páginas de reforço ao estereótipo samba, mulher e futebol se engana. Do Rio de Janeiro a Manaus, Le Figaro passeia pelo país e mostra a seus leitores como a cultura francesa influenciou o Brasil.

A reportagem fala da programação, com 645 projetos em todas as regiões do país. Os eventos mostram aspectos da França clássica e contemporânea: criação artísitica, inovação tecnológica, gastronomia, cooperação econômica, pesquisa científica e debates.

Para ilustrar essa influência, o jornalista Sébastien Lapaque, de Le Figaro, selecionou alguns lugares e personalidades brasileiras que exalam França. Por exemplo, o Copacabana Palace, que foi inspirado nos hotéis da Côte D'Azur francesa e ponto de encontro de célebres franceses como Edith Piaf e Simone de Beauvoir. A cidade de São Paulo, que viveu intensamente a Semana de Arte Moderna e a vanguarda francesa, também é citada na reportagem. O poeta Carlos Drumond de Andrade é lembrado pela tradução de importantes obras francesas para o português. A conceituada gourmet Roberta Sudbrack fala sobre a contribuição francesa na organização e inspiração da cozinha brasileira. Le Figaro também destaca a programação do Ano da França no imponente Teatro Amazonas e na Ópera de Manaus, que propõe um ciclo dedicado à ópera francesa.

Os espetáculos de teatro franceses em cartaz este ano no Brasil também são citados na revista semanal L'Express. Mas o maior destaque da reportagem é o povo brasileiro. Segundo o jornalista Axel Gildène, da L'Express, os brasileiros têm um amor pela França que os franceses ainda desconhecem e às vezes são indignos de merecê-lo.

Amanda Wanderlei, especial para a RFI