Reportagem publicada em 12/05/2009 Última atualização 12/05/2009 15:11 TU
O Ano da França no Brasil vai reforçar a colaboração entre os dois países no setor da moda. Uma colaboração que, na verdade, já existe. Vários estilistas brasileiros já têm o pé nas passarelas de Paris e muitas empresas nacionais participam com sucesso dos salões comerciais franceses. Em janeiro de 2009, foi assinado um acordo de parceria entre a Federação Francesa Prêt-à-Porter feminino e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, a FIRJAN. O acordo, de três anos, estabelece que o Fashion Rio, o Fashion Business e o Salão do Prêt-à-porter de Paris, com 53 anos de tradição, terão ações de cooperação de interesse comum, como desfiles e bolsas de negócios.
Neste Ano da França no Brasil, o principal debate é o cara a cara entre a moda do hemisfério norte e hemisfério sul, além da globalização. Didier Grümbach, presidente da Federação Francesa da Costura, do Prêt-à-Porter e dos Criadores de Moda, acredita que o Brasil ainda tem que se libertar do aspecto regional em suas criações, e tornar-se universal, para poder avançar. "O ponto fraco do Brasil é falar em moda brasileira, enquanto não se fala em moda francesa ou chinesa. A moda brasileira é muito específica, há uma direção geral. Mas as marcas que se destacam são as que podem ser totalmente diferenciadas, não tem ares de marca japonesa, francesa ou chinesa."
Grumbach cita um estilista brasileiro, Gustavo Lins. Segundo ele, Lins corresponde aos padrões internacionais e é um modelo a ser adotado pela moda brasileira. O estilista fala sobre as parcerias no setor entre França e Brasil. "É um casamento perfeito. São duas energias muito complementares, muito próximas. O Brasil muito sensual, muito rico em subsolo, em elementos, em energia spiritual, e a França muito cartesiana, muito organizada, muito criteriosa. Esses dois mundos, se encontrando, dão ao Brasil uma dimensão muito internacional.”
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13/07/2009 15:40 TU
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