Busca

/ languages

Choisir langue
 

China/União Europeia

China e União Europeia tentam reaproximação

Reportagem publicada em 19/05/2009 Última atualização 20/05/2009 09:10 TU

China e União Europeia vão tentar normalizar suas relações, estremecidas pela relação do bloco com o Dalai Lama.Foto: UE

China e União Europeia vão tentar normalizar suas relações, estremecidas pela relação do bloco com o Dalai Lama.
Foto: UE

Nesta quarta-feira, em Praga, chineses e europeus tentam superar o atrito criado pelo encontro entre Nicolas Sarkozy e o Dalai Lama, no final do ano passado, que acabou levando Pequim a cancelar a reunião prevista com o bloco europeu, em dezembro. O governo de Pequim diz ter interesse em desenvolver uma parceria estratégica com os 27 países europeus, mas a questão do Tibete se interpõe nas relações bilaterais.

A China enviou o primeiro-ministro Wen Jiabao a Praga. Representando os europeus, estão o presidente da República Tcheca, Vaclav Klaus, o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, e o chefe da diplomacia do bloco, Javier Solana. Acordos de cooperação econômica devem assinados, mas vários pontos de divergência persistem. A China quer que os 27 suspendam as taxas antidumping aplicadas sobre alguns produtos chineses, além de exigir que o bloco reconheça seu estatuto de economia de mercado, e não o de uma economia em transição.

O governo chinês afirma que essa atitude protecionista causa problemas. Por outro lado, a União Européia espera que a China participe de forma mais ativa dos esforços internacionais de combate às mudanças climáticas,  denunciando a falta de seriedade dos chineses nas negociações sobre o clima.

Além das divergências econômicas, um novo giro do Dalai Lama na Europa, a partir do final de maio, coloca a evolução da parceria sino-europeia em suspense.

O líder espiritual dos tibetanos vem novamente à França, depois vai à Holanda e à Dinamarca. Pequim desaprova abertamente essas viagens e afirma que “o verdadeiro objetivo do Dalai Lama é promover a independência do Tibete e destruir as relações de amizade da China com os europeus”.

O governo chinês já preveniu a prefeitura de Paris que se o Dalai Lama receber, como está programado, o título de cidadão honorário da cidade, em junho, isso vai provocar uma forte indignação do povo chinês.