Por Letícia Constant
Reportagem publicada em 30/09/2009 Última atualização 07/11/2009 14:30 TU
Para Flemming, os artistas da antiga República Democrática Alemã ainda são marginalizados.
Foto: Leticia Constant
A arte contemporânea alemã ainda é influenciada pelo Muro de Berlim, propõe releituras de sua existência e de sua queda?
Para o artista plástico Alex Flemming, brasileiro radicado na Alemanha, a atual arte alemã é de uma vitalidade tão grande que transpôs o Muro. "O fantasma do Muro não existe mais, o que existe é uma descoberta do que havia do outro lado do Muro", diz Alex.
O pintor acredita que a queda do Muro enriqueceu a arte alemã, mas "infelizmente do outro lado existe ainda um grande preconceito por parte do lado Ocidental em relação ao Oriental".
Sobre a invasão dos grafites em Berlim, o artista considera que não são um espelho da parte Ocidental do Muro, que era totalmente grafitada. Para ele, os grafites daquele tempo eram políticos e os grafites atuais são de « tribos », pessoas de uma geração nova que escrevem ou desenham seus nomes ou suas marcas.
Alex Flemming acha que o grafite é uma questão mundial que devia ser estudada, por ser «uma válvula de escape de pessoas que devem se sentir marginalizadas. Uma expressão fortíssima, mas não conceitual e estética», conclui.
ÁUDIO
Europa
27/01/2010 16:31 TU
Repórter online
Esportes
Cotações + Meteorologia