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Obama quer Europa parceira dos americanos

Por Letícia Constant

Reportagem publicada em 25/07/2008 Última atualização 28/07/2008 13:03 TU

Barack Obama e Nicolas Sarkozy durante a coletiva à imprensa no Palácio do Eliseu.Foto: Reuters

Barack Obama e Nicolas Sarkozy durante a coletiva à imprensa no Palácio do Eliseu.
Foto: Reuters

A Obamania tomou conta da França, na rápida passagem por Paris, nesta sexta-feira, do candidato democrata às presidenciais americanas, Barack Obama.

Nos metrôs, transportes públicos e pelas ruas da capital, muitas pessoas com camisetas com a inscrição “Obama” e bandeirinhas americanas como lenço na cabeça.

Diante do Palácio do Eliseu, cerca de duzentos jornalistas se comprimiram para assistir a coletiva de imprensa entre o candidato  à Casa Branca e o presidente francês Nicolas Sarkozy.

Os dois apareceram sorridentes e trocando tapinhas, depois de conversar por cerca de uma hora.    

Só para citar uma sutileza de Obama, ele pediu para o protocolo do Eliseu  não colocar a bandeira dos Estados Unidos ao lado da francesa, pois estava ali como candidato e não como representante do seu país.

A primeira declaração veio de Sarkozy "Temos grandes convergências e tivemos uma discussão apaixonante. A América que a França ama, é uma América de grandes projetos, de grande ambição, grandes debates, de fortes personalidades", disse o presidente antes de concluir.. ;"queremos uma América presente, não uma América ausente e daqui, da Europa e da França, estamos olhando com muito interesse o que vocês fazem" palavras de Sarkozy.

Irã, Oriente Médio, conflito israelo-palestino, questões securitárias, presença militar no Afeganistão, estruturação da segurança no Iraque visando uma retirada em 2010 , crise no Darfur e meio ambiente foram os temas abordados por Obalma e Sarkozy. Houve ênfase para a gravidade da situação no Irã, que segundo Obama é uma ameaça para Israel e para toda a região.

O clima também está no centro das preocupações do candidato.Na hora de responder as perguntas dos jornalistas franceses e estrangeiros - que giraram em torno de cooperação Europa-Estados Unidos, e inspirações recíprocas - Obama brincou, confessando que queria saber o segredo da enorme energia de Sarkozy.

Questionado sobre uma eventual preferência entre os dois candidatos à Casa Branca, o presidente francês disse que trabalhará de mãos dadas com os americanos mas no fim deu uma dica. Ele disse que queria ver os Estados Unidos com um novo líder, uma nova energia, uma nova história".

Em sua rápida passagem por Paris, Obama não quis encontrar os membros do Partido Socialista francês, temendo ferir seu eleitorado de centro.

Barack Obama deixou a França na noite desta sexta rumo à Grã-Bretanha, onde encontra o primeiro-ministro Gordon Brown e o ex-premiê Tony Blair. Ainda no sábado, ele volta para os Estados Unidos, depois de uma turnê bem sucedida pelo Oriente Médio e três países europeus.