Reportagem publicada em 06/08/2008 Última atualização 06/08/2008 16:49 TU
Expulso da Rússia em 1974, o escritor viveu vinte anos no exílio e voltou ao seu país depois da queda do regime soviético, sendo acolhido como herói.
Foto: Reuters
O escritor russo Alexandre Soljenitsyne, Prêmio Nobel de Literatura de 1970, foi enterrado nesta quarta-feira perto de uma pequena capela no mosteiro de Donskoï, em Moscou. Ele havia escolhido o local em vida e seu último desejo foi atendido pelo patriarca russo Alexis II.
A cerimônia foi acompanhada por um grande número de civis e de personalidades políticas e intelectuais. O presidente russo Dmitri Medvedev estava presente e depositou um buquê de rosas vermelhas sobre o túmulo do escritor, ao som de três salvas de tiros.
Na Rússia, televisões e discursos oficiais enalteceram a vida e o talento do escritor, mas omitiram o terror do regime soviético do passado, limitando-se a prestar homenagens a “um grande patriota”.
Alexandre Soljenitsyne – que em 1945 cumpriu pena de oito anos de trabalhos forçados por criticar Stálin - ficou conhecido mundialmente por denunciar a opressão e o terror do regime soviético, assimo como seu sistema penitenciário, em livros como O arquipélago de Gulag, Um dia na vida de Ivan Denissovitch e outros. Ele morreu na madrugada da última segunda-feira, aos 89 anos, vítima de um ataque cardíaco.
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