Reportagem publicada em 22/08/2008 Última atualização 09/09/2008 13:39 TU
Filho de família pobre, órfão na tenra idade, Machado de Assis foi um autodidata.
Foto: pmscs.rs.gov.br
Este ano de 2008 marca o centenário da morte de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos: Machado de Assis.
Jornalista, cronista, contista, romancista, poeta e teatrólogo, Joaquim Maria de Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Filho de uma família pobre, órfão na tenra idade, Machado de Assis foi um autodidata. É dele a cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras, da qual foi o presidente por mais de dez anos, até morrer em 29 de setembro de 1908.
Sua obra riquíssima passeou por quase todos os gêneros literários. Na poesia, ele se lançou no Romantismo com a publicação de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passou pelo Indianismo em Americanas (1875) e o Parnasianismo em Ocidentais (1897-1880). Em paralelo, o escritor foi lançando uma série de livros como as coletâneas Contos Fluminenses (1870) e Histórias da Meia-Noite (1873), e os romances Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878).
As obras Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacob (1904) e Memorial de Aires (1908) formam o leque de obras-primas de Machado de Assis.
Entre as iniciativas que marcam a data da morte do escritor está o Simpósio Internacional Caminhos Cruzados: Machado de Assis pela Crítica Mundial. Entre os dias 25 e 29 de agosto, o evento organizado pela UNESP - Universidade Estadual Paulista – vai reunir renomados especialistas brasileiros e estrangeiros.
A norte-americana Daphne Patai, professora de Literatura Brasileira,Teoria Literária e Tradução na Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, participa do simpósio como palestrante, abordando o tema "Machado em Inglês: a Busca de um Nicho de Mercado". Em relação ao papel de Machado de Assis no panorama da literatura mundial, ela diz que “não é preciso analisar, acho que é óbvio que ele é um dos maiores escritores de qualquer época”.
O escritor e professor de literatura luso-brasileira na Universidade norte-americana de Yale, Kenneth David Jackson, pensa que a crítica internacional ainda não captou a dimensão da genialidade da obra do brasileiro.
(Reportagem realizada por Lúcia Fróes)
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