Busca

/ languages

Choisir langue
 

Repórteres Sem Fronteiras volta a protestar contra censura na China

Reportagem publicada em 08/08/2008 Última atualização 11/08/2008 17:24 TU

A ong Repórteres Sem Fronteiras conseguiu transmitir mensagens de protesto em uma rádio chinesa.  Foto: RSF

A ong Repórteres Sem Fronteiras conseguiu transmitir mensagens de protesto em uma rádio chinesa.
Foto: RSF

A organização realizou uma série de protestos nesta sexta-feira. Em Paris, Pequim e pela internet, Repórteres sem Fronteira pediram liberdade na China

A ong Repórteres Sem Fronteiras (RSF) aproveitou a abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Pequim e voltou a protestar contra a falta de liberdades na China.

Nesta sexta-feira, a RSF organizou uma manifestação em frente à embaixada da China em Paris, pedindo o fim da censura no país asiático.

Inicialmente, a polícia havia proibido qualquer protesto no local, mas uma decisão da Justiça francesa autorizou a manifestacão da RSF. Centenas de pessoas participaram do ato, carregando bandeiras com a imagem de algemas no lugar dos anéis olímpicos, símbolo da campanha da Repórteres Sem Fronteira pela liberdade de expressão.

Pela internet, o site da ong, que foi atacado por um vírus informático na quinta-feira, organiza uma manifestação eletrônica nesta sexta-feira. O internauta pode entrar e se manifestar virtualmente em frente ao estádio olímpico de Pequim, o Ninho do Passaro. Mais de 11 mil pessoas protestavam via internet esta tarde.    

Em Pequim, a ong conseguiu furar o cerco das autoridades do país e transmitiu durante 20 minutos mensagens a favor dos direitos humanos.

“Cem pessoas enviadas pela organização ao territorio chinês conseguiram se conectar a uma frequência e transmitir uma mensagem em francês e chinês. No final, não conseguimos transmitir em inglês”, explica Benoît Hervieu, secretário da RSF para as Américas. O militante afirma que a manifestação foi importante para mostrar ao poder chinês que « a censura nunca funciona ».

Em abril, militantes da Repórteres Sem Fronteiras já tinham se manifestado contra o regime chinês. A ong fez de tudo para atrapalhar a passagem da tocha olímpica por Paris. Os protestos foram tão grandes que acabaram forçando o símbolo olímpico a continuar o percurso pela capital francesa dentro de um ônibus.

Após prometerem que os jornalistas estrangeiros que cobrem as olimpiadas de Pequim teriam total liberdade para trabalhar, o governo chinês voltou atrás. As autoridades decidiram manter a censura à internet no país, bloqueando diversos sites de organizações de defesa dos direitos humanos.

(Reportagem realizada por Taissa Stivanin)