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Crise econômica reduz oferta de trabalho e afeta comunidade brasileira em Newark

Reportagem publicada em 28/10/2008 Última atualização 28/10/2008 15:23 TU

O brasileiro Francisco Sampa vive em Newark desde 1987 e é presidente da Brazilian American United Association.  Foto: Maria Emilia Alencar/RFI

O brasileiro Francisco Sampa vive em Newark desde 1987 e é presidente da Brazilian American United Association.
Foto: Maria Emilia Alencar/RFI

Cerca de 20 mil brasileiros vivem em Newark, Nova Jersey, cidade que também abriga a maior comunidade portuguesa dos Estados Unidos. A apenas 20 minutos de trem de Manhattan, Newark não tem a opulência de certos bairros da chamada Big Apple, mas a presença brasileira é fácil de se notar – na Ferry Street, a principal rua da cidade, o comércio de produtos típicos é intenso e há muitas lojas, bares e restaurantes brasileiros que tocam principalmente forró e samba.

O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, parece ser unanimidade na preferência dos clandestinos brasileiros, que estão entre os mais vulneráveis da crise econômico que atinge o país. Na década de 90, a chegada em massa de brasileiros contribuiu bastante para o aquecimento da economia de Newark. Mas a tendência está mudando, muitos estão voltando para o Brasil.

Francisco Sampa, desde 1987 em Newark, presidente da Brazilian American United Association, diz que a falta de trabalho provocada pela recessão e o medo da imigração são os principais motivos do retorno. Mas para alguns, voltar não é uma solução, como no caso de um mineiro de Poços de Caldas, clandestino em Newark há 11 anos : "Faz um ano e meio que estou desempregado, mas quem é que vai empregar uma pessoa aos 52 anos no Brasil – aqui pelo menos, sabendo fazer o serviço, ninguém pergunta idade ou estatuto legal".

Para Augusto Amador, vereador em Newark, a comunidade brasileira tem sido vítima do governo atual. “A administração Bush foi incapaz de resolver o problema da imigração illegal”, explica Amador. Para o vereador, a partida dos brasileiros pode afetar muito a economia de Newark.

ÁUDIO

Maria Emília Alencar

Enviada especial aos Estados Unidos

28/10/2008