Reportagem publicada em 12/05/2009 Última atualização 13/05/2009 14:43 TU
Com a crise, um tema recorrente na Europa é a questão da transferência das empresas, que mudam de país com o objetivo de diminuir os custos de produção. A prática tem se tornado sinônimo de desemprego, criando polêmica no bloco. Alguns países, como a França, adotam medidas drásticas para evitar o êxodo das empresas e, consequentemente, dos empregos.
O presidente Nicolas Sarkozy chegou a ser acusado de protecionista pelos membros da União Europeia. Em fevereiro de 2009, o chefe de estado francês anunciou um plano de ajuda às montadoras no valor de 6,5 bilhões de euros.
Para Jean Philippe Marcon, chefe de projeto da Faurecia, multinacional líder na fabricação de equipamentos para carros, a qualidade da mão-de-obra explica o fenômeno. "Eles têm garra e vontade de crescer rapidamente, vencer e desenvolver o país. Além disso, são competentes em relação à formação." É uma justificativa econômica. Uma hora de trabalho na Polônia custa seis vezes menos do que na França.
Um balanço final mostra, entretanto, que de 1977 a 2002, a Europa criou mais empregos do que perdeu. Uma realidade que, infelizmente, não se aplica à França. Em Celles sur Seine, por exemplo, uma fábrica da Faurecia fechou as portas há um ano, transformando a região em um deserto.
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Europa
27/01/2010 16:31 TU
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