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Ecologia

Água pode ser o “novo petróleo”, alertam especialistas

Reportagem publicada em 22/08/2008 Última atualização 22/08/2008 16:44 TU

Este ano, o tema central da conferência foi o desafio do saneamento: mais de um terço da população mundial ainda sofre com a falta de acesso a condições básicas de saneamento.

Foto: OMVS

Este ano, o tema central da conferência foi o desafio do saneamento: mais de um terço da população mundial ainda sofre com a falta de acesso a condições básicas de saneamento.
Foto: OMVS

A Semana Internacional da Água foi encerrada nesta sexta-feira com o alerta de que a água será a causa da próxima crise global, caso não sejam adotadas medidas urgentes de prevenção.

Os especialistas falaram da água como "o novo petróleo" - um recurso limitado, que já está se esgotando em diversas áreas e que poderá gerar crises em várias regiões, principalmente na África. Em todo o mundo, segundo os especialistas, um bilhão e duzentas mil pessoas vivem em regiões em que já não existe  água suficiente para atender a demanda. E no ano de 2050, a população mundial deve chegar a 9 bilhões de pessoas, o que aumentará de forma significativa a pressão sobre os recursos de água.

Na conferência, um relatório da organizacao ambiental WWF apontou o Brasil como o maior país importador de água virtual agrícola –  a água usada em plantações destinadas à produção de alimentos, bebidas e ítens de vestuário.

O autor do relatório, Stuart Orr, explicou que o Brasil lidera este ranking não por ser o vilão da questão da água, mas pelo fato de que importa mais commodities que consomem água para serem produzidas (como cereais e ítens de vestuário) do que exporta.

Estados Unidos e outros países ricos, segundo estudo apresentado pelas Nações Unidas, estão jogando fora 30 por cento da comida que compram, num desperdício coletivo que representa uma perda de milhões de toneladas de água usadas para produzir os alimentos.

A Semana Internacional da Água reuniu na capital sueca 2.400 especialistas de 140 nações.

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