Clima/Copenhague

Rascunho da declaração é bom ponto de partida, diz UE

Reportagem publicada em 11/12/2009 Última atualização 14/12/2009  13:53 TU

Para a União Europeia, os países ricos precisam se engajar realmente para as propostas terem resultados eficazes.
Foto: Reuters

As reações ao rascunho do relatório final da conferência de Copenhague começam a aparecer. O texto foi divulgado no final da manhã desta sexta-feira e prevê que os países desenvolvidos deverão se comprometer a financiar a maioria dos recursos utilizados para combater o aquecimento global nos países em desenvolvimento e emergentes. O documento, que começa a ser chamado de Protocolo de Copenhague, também impõe obrigações específicas de preservação ambiental a países desenvolvidos que não tinham assinado o Protocolo de Kyoto, como é o caso dos Estados Unidos.

A delegação da União Europeia foi a primeira a comentar o texto. Anders Turesson, chefe das negociações pelo bloco europeu, disse que o rascunho era um bom ponto de partida, mas que é fundamental insistir em um acordo que obrigue legalmente os países signatários a se comprometerem a cumprir as determinações resultantes da conferência. Essa é apenas uma das questões que continuam em aberto e que ainda serão negociadas nos próximos dias até o final do evento, na sexta-feira que vem.

Entre as lacunas que devem ser mais polêmicas estão as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa. O documento indica que os países desenvolvidos devem se engajar em reduzir entre 25% e 40% as emissões até 2020, e as nações em desenvolvimento, entre 15 e 30%, ambos em relação aos níveis de emissões de 1990.

A questão do financiamento das ações de preservação do meio ambiente, da redução do desmatamento e da adaptação tecnológica dos países em desenvolvimento, crucial para a finalização do acordo de Copenhague, também segue em aberto.

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