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Clima/Copenhague

UE promete 7,2 bilhões de euros aos países pobres

Reportagem publicada em 11/12/2009 Última atualização 12/12/2009  14:45 TU

A ajuda europeia representa 30% do pacote internacional destinado às nações pobres.

A ajuda europeia representa 30% do pacote internacional destinado às nações pobres.

Para sustentar sua credibilidade como líder na luta contra o aquecimento global, a União Europeia aprovou uma contribuição de 7.2 bilhões de euros para os países pobres. Ao anunciar o acordo, o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, que ocupa a presidência rotativa do bloco até o final do ano, explicou que com esta ajuda imediata as nações menos desenvolvidas vão poder combater as mudanças climáticas, no período de 2010 a 2013.

Os maiores doadores são Alemanha, França e Grã-Bretanha, que juntos, vão desembolsar quase 2.5 bilhões de euros. Os outros países do bloco fizeram contribuições menores. Este esforço da União Europeia é vinculado a uma proposta de financiamento a curto prazo, que está sendo chamada de “Fast Start Fund”, na Conferência do Clima, em Copenhague. A intenção das nações ricas é que este fundo invista 10 bilhões de euros nos países pobres a cada ano.

Grandes emergentes – como Brasil, Índia e China – não serão contemplados com este financiamento. O Brasil, inclusive, tem criticado a iniciativa. O governo brasileiro dá preferência aos financiamentos a longo prazo. Agora, em Copenhague, a delegação europeia vai tentar convencer os outros países industrializados e as economias em desenvolvimento a fazerem também suas contribuições.

Outro destaque da reunião dos líderes europeus em Bruxelas foi o anúncio do presidente francês Nicolas Sarkozy e do premiê britânico Gordon Brown de que, ambos, apoiam uma meta ambiciosa de corte nas emissões dos gases poluentes. Mas a União Europeia, cautelosa, prefere manter a sua posição e diz que só aumentaria de 20 para 30% a redução do dióxido de carbono, até 2020, com base nos níveis de 1990, se os grandes poluidores apresentarem cortes maiores na mesa de negociações em Copenhague.

ÁUDIO

Leticia Fonseca, correspondente da RFI em Bruxelas

11/12/2009