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Clima/reunião

Parlamentares das maiores economias discutem clima

Reportagem publicada em 24/10/2009 Última atualização 25/10/2009  15:23 TU

 

A Conferência sobre o clima está marcada para dezembro, em Copenhague.Foto: http://unfccc.int

A Conferência sobre o clima está marcada para dezembro, em Copenhague.
Foto: http://unfccc.int

Padrões energéticos, preservação de florestas e fontes de energia renovável são alguns dos destaques da agenda do fórum que esta reunindo, neste final de semana, 120 parlamentares das maiores economias do planeta, em Copenhague, na Dinamarca.

A menos de 50 dias da Conferência do Clima, este evento é uma das últimas oportunidades para estimular a troca de ideias entre os países desenvolvidos e as nações em desenvolvimento.

A senadora brasileira, Serys Slessarenko, vice-presidente do Senado e que está liderando a delegação brasileira, afirmou que mesmo com uma taxa de crescimento de 4% no país, o Brasil este ano terá uma redução de 80% do desmatamento, com base no ano de 2005.

A meta, considerada bastante arrojada pelo governo brasileiro, representa um índice de desmatamento abaixo de 1 milhão de hectares na Amazônia.
 
Fundo de compensação

O valor do fundo anual para a questão do clima foi outra novidade trazida pela delegação brasileira. Segundo o governo brasileiro, os recursos de  US$ 100 bilhões, propostos pelos países desenvolvidos, não serão suficientes para poder fazer os mecanismos de compensação na luta contra o aquecimento global.

De acordo com os cálculos prévios do governo Lula, este número deveria girar em torno dos US$ 350 bilhões. A cifra é para o combate das mudanças climáticas em todo o mundo, e não apenas para o Brasil. Mas o valor final será definido na reunião, em dezembro.
 
Na visão do deputado Luciano Pizzatto, do DEM-PR e também integrante da delegação, a proposta brasileira para a COP-15  - que ainda não está finalizada - vai chegar na Conferência do Clima com uma dificuldade: o Brasil não deve apresentar o balanço do carbono atualizado. Em dezembro, serão apresentados dados estimados em 1994. Para Pizzato, isto é muito ruim para o  Brasil. Ele acredita que faltou prioridade não só do governo, como da iniciativa privada para atualizar os números.

Repasse

Os representantes brasileiros também reiteraram em Copenhague a exigência do presidente Lula de que  proposta do Brasil consiste no repasse aos países em desenvolvimento de recursos arrecadados nos países desenvolvidos.

Este Fórum Global de Legisladores continua até domingo e conta também com a participação do primeiro-ministro dinamarquês Lars Lokke Rasmussen e representantes do G8, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, África do Sul e Coreia do Sul.

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