Reportagem publicada em 16/12/2009 Última atualização 17/12/2009 14:38 TU
Os protestos foram violentamente reprimidos e centenas de manifestantes foram impedidos de se aproximar do Bella Center, onde acontece a cúpula.
Foto: Reuters
Nesta quarta-feira, Connie Hedegaard, a presidente da 15ª Cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, renunciou ao cargo, sendo substituída pelo primeiro-ministro dinamarquês, Lars Loekke Rasmussen. Ela justificou sua renúncia, argumentando que seria mais pertinente a presidência do premiê durante etapas decisivas de negociação com os chefes de Estado e de Governo.
Apesar do procedimento ser considerado normal na véspera da chegada dos chefes de Estado e de Governo ao evento, Connie Hedegaard, ministra do Meio Ambiente da Dinamarca, vinha sendo acusada pelos países em desenvolvimento de favorecer as nações ricas nas discussões para um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto. Os emergentes denunciaram principalmente a falta de transparência de Hedegaard, que organizou reuniões ministeriais a portas fechadas durante o fim de semana, quando a maioria dos ministros ainda não havia chegado.
Ela justificou sua renúncia, argumentando que seria mais pertinente a presidência do premiê diante dos chefes de Estado e de Governo durante as etapas mais importantes da cúpula.
Protestos e violência
O dia também foi marcado pelos protestos de manifestantes ambientalistas, revoltados com a falta de definição de um texto satisfatório, a apenas três dias do encerramento da COP15.
Reunidos nos arredores do Bella Center, onde se realiza o evento, cerca de 230 pessoas foram violentamente reprimidas e detidas pela polícia. Elas tentavam forçar o cordão de isolamento em torno do centro de conferências. Cães policiais, gás lacrimogênio e golpes de matracas foram as armas utilizadas pelas forças de ordem para dispersar a multidão.
O porta-voz dos manifestantes, Peter Nielsen, declarou que o objetivo era uma concentração diante do Bella Center para se organizar uma assembleia popular, com representantes de ONGs e movimentos sociais excluídos das negociações. A reivindicação das ONGs é clara: os líderes mundiais devem firmar um compromisso ambicioso para salvar o planeta.
Dia de reuniões para Lula
O presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva, começou a quarta-feira reunindo-se com membros da sua delegação, entre eles, a chefe da Casa Civil, Dilma Youssef, e o ministro do Meio Ambiente, Celso Minc. Lula também se encontrou com governadores de Estado do Brasil, entre eles, Eduardo Braga, do Amazonas.
O presidente brasileiro teve encontros bilaterais, a portas fechadas, com os presidentes do Suriname, Ronald Venetiaan, e Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina. No fim do dia, ele se reúne com o primeiro-ministro britânico Gordon Brown. Na quinta-feira, será a vez de Lula conversar com o presidente francês Nicolas Sarkozy.
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