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Meio ambiente

Expedições polares são tema de mostra em Paris

Reportagem publicada em 29/10/2008 Última atualização 29/10/2008 19:58 TU

Aparelho de La Rive para reprodução da Aurora Boreal.  Foto: Museu das Artes e Ofícios

Aparelho de La Rive para reprodução da Aurora Boreal.
Foto: Museu das Artes e Ofícios

A exposição "Atmosfera, o clima revelado pelas geleiras" apresentada no Museu das Artes e Ofícios de Paris revela como cientistas e exploradores observaram, registraram e confirmaram a degradação do clima a partir de expedições e trabalhos científicos realizados nas regiões polares nos últimos 50 anos.

A exposição reúne no total 130 objetos, entre eles instrumentos e aparelhos utilizados para medições científicas em aréas como a glaciologia e a oceanografia, geofísica, meteorologia ou climatologia. Grande parte do resultado dos trabalhos realizados com esses aparelhos permitiu compreender hoje melhor certos fenômenos como o aquecimento global, o desequilíbrio da atmosfera, o buraco na camada de ozônio e o aumento das emissões dos gazes que provocam o efeito estufa.

Logo no início, a mostra detalha e explica os elementos  que caracterizam as regiões polares: o Ártico, no Pólo Norte, e a Antártica, no Pólo Sul. O Ártico nada mais é do que um enorme oceano de gelo, quase fechado. Já a Antártica é um verdadeiro continente, um grande deserto de gelo. “O Ártico é hoje mais afetado  pelo aquecimento global do que a Antártica”, disse à RFI o curador da exposição, Bertrand Cousin.

A exposição apresenta em seguida as primeiras grandes expedições científicas realizadas nas regiões polares a partir dos anos 50, quando a comunidade científica começou a tomar consciência da dimensão do problema das mudanças climáticas.

O percurso da mostra "Atmosfera, o clima relveado pelas geleiras”, reúne cinco grandes temas. Após a estação francesa de Charcot e o ano geofísico internacional, realizado no final da década de 50, a segunda parte é dedicada à alta atmosfera, ao fenômeno da aurora boreal e ao magnestimo terrestre. Na terceira parte são mostrados os efeitos da degradação do clima, destacando o estado da estratosfera e o buraco na camada de ozônio.

A mostra termina com uma imagem e uma maquete da estação Concórdia,  que começou a ser construída em 2002 pela França e pela Itália e que abriga, hoje, cerca de 16 cientistas permanentes.

A exposição "Atmosfera, o clima revelado pelas geleiras", pode ser vista até o dia 30 de abril de 2009, no Museu das Artes e Ofícios de Paris.


ÁUDIO

Ana Carolina Dani

Jornalista da RFI

29/10/2008